Descontentamento,
Não há como me contentar
com essas pequenas glórias,
elas não toldam a frustração maior.
De que adianta a estante repleta de títulos
os quais nunca lerá?
O pequeno prazer da compra,
o êxtase das prateleiras abarrotadas –
você nem sequer terminou aquele volume maior de crônicas.
Algo como uma estagnação contida aflora
e toma por completo, contaminando cada poro
do corpo todo, estafo de corpo e alma - -
esta angústia maldita a inflar e a murchar
o frágil coração.
Não, o amor não é mais a minha estação.
Rafael Souza Barbosa.
quinta-feira, 20 de março de 2008
domingo, 2 de março de 2008
Regresso ao Mundo
Regresso ao Mundo,
Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços... São os teus braços dentro dos meus braços... Via láctea fechando o infinito!
Tomado pela misantropia,
eu me afasto, recluso de tuas
palavras me ponho,
pelas masmorras me arrasto.
Respiro descompassado,
vagante, sem um suspiro,
nem deliro ou me ponho extasiado.
Por algum fado trespassado,
acometido de um instinto descontrolado,
cá errante eu estou
de uma má-escolha vitimado.
Ainda há tempo, amor?
Não mais estou
em meu cárcere involuntário.
Estou sedento de tua presença,
do ecoar dos vocábulos
que de teus lábios despontam
e me põe assim, entregue, apaixonado.
Estou desejoso de ti,
vem, tira-me desta prisão,
desata-me destes grilhões,
desencarcera a minha emoção.
Exercita minha alma puída,
ela surda está, frígida,
necessitada do que corrompe o inefável.
Como posso viver sem teus versos?
Tua boa na minha boca,
teu ser a me por reverso.
Estremeço e desperto,
assim que me pões,
exposto com as vísceras
em descoberto,
e a via láctea fechando o infinito.
Rafael Souza Barbosa.
Meus êxtases, meus sonhos, meus cansaços... São os teus braços dentro dos meus braços... Via láctea fechando o infinito!
Tomado pela misantropia,
eu me afasto, recluso de tuas
palavras me ponho,
pelas masmorras me arrasto.
Respiro descompassado,
vagante, sem um suspiro,
nem deliro ou me ponho extasiado.
Por algum fado trespassado,
acometido de um instinto descontrolado,
cá errante eu estou
de uma má-escolha vitimado.
Ainda há tempo, amor?
Não mais estou
em meu cárcere involuntário.
Estou sedento de tua presença,
do ecoar dos vocábulos
que de teus lábios despontam
e me põe assim, entregue, apaixonado.
Estou desejoso de ti,
vem, tira-me desta prisão,
desata-me destes grilhões,
desencarcera a minha emoção.
Exercita minha alma puída,
ela surda está, frígida,
necessitada do que corrompe o inefável.
Como posso viver sem teus versos?
Tua boa na minha boca,
teu ser a me por reverso.
Estremeço e desperto,
assim que me pões,
exposto com as vísceras
em descoberto,
e a via láctea fechando o infinito.
Rafael Souza Barbosa.
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