domingo, 20 de abril de 2008

Paisagem, História e Melodia



Sou um lápis a escrever a vida
Meus pensamentos são as mãos
Que me conduzem
Me movimento livremente
Sou um pincel
A pintar distraidamente
Sou conduzido por minhas emoções
São elas que escolhem
Cada cor do que vivo
Sou os dedos que deslizam
Pelo piano suavemente
Toco a música que movimenta
Minha vida
Leio, escuto e vejo
Tudo aquilo que forma
Cada ponto da paisagem,
Da história, da melodia
Do meu viver

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Irremediável

Irremediável,

A síntese da despedida
é a certeza da nulidade.
Estamos apartados,
estamos além do alcance da palavra.
O gesto não se forma,
os lábios escandem silêncios.
Nossa excitação se desfez,
não nos ligamos
como gesto de reciprocidade.

Jazemos em um vácuo lexical,
sem significantes, sem significação.

Somos a ausência do discurso.

Rafael Souza Barbosa.