Sou filho da terra
Sou carne do pão
Sou amor e ódio
Na palma da mão
Sou engenheiro de mim
Sou meu morador
Sou água e capim
Sou meu orador
Sou minha doença
Sou o próprio remédio
Sou minha nascença
Sou o próprio tédio
Sou meu pintor
Sou meu escritor
Sou a ignorância
Meu próprio leitor
Sou o que se espera
Sou o que não quer mais
Sou uma nova esperança
Sou uma nova era.
Sara A. Carra
terça-feira, 3 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Próximos, Ligados e Distantes
Estou tão próxima e ao mesmo tempo tão distante. Vivo a poucos metros de onde vivem pessoas. Pessoas que, assim como eu, possuem uma vida, compromissos, rotina e afazeres. Porém, há uma distância entre eu e elas. A distância que se manifesta pelo fato de não as conhecer.
Olho pela janela e vejo tantos prédios, luzes acesas, sinal de que alguém está presente ou esteve há pouco por ali. Penso no quanto os moradores podem ser semelhantes a mim. Sentem medo, dor, tristeza ou alegria, amam. Ao mesmo tempo tão diferentes no jeito, nos gostos, preferências.
Imagino o quanto nossas vidas podem estar relacionadas, embora não pareça. Talvez alguém seja meu futuro professor, ou o autor de um texto que lerei, ou quem sabe o amigo de um amigo meu. Vivendo tão perto, não os conheço.
Ao parar para refletir, percebo que apesar da globalização, existe uma grande distância entre nós. Andando pela rua, posso cruzar com alguém e esse alguém pode viver a dez metros de minha casa e simplesmente posso nunca tê-lo visto antes. Nada sei a respeito dele. Porém essa distância deve ser respeitada. Todos nós estamos ligados de alguma forma estando próximos ou não.
Olho pela janela e vejo tantos prédios, luzes acesas, sinal de que alguém está presente ou esteve há pouco por ali. Penso no quanto os moradores podem ser semelhantes a mim. Sentem medo, dor, tristeza ou alegria, amam. Ao mesmo tempo tão diferentes no jeito, nos gostos, preferências.
Imagino o quanto nossas vidas podem estar relacionadas, embora não pareça. Talvez alguém seja meu futuro professor, ou o autor de um texto que lerei, ou quem sabe o amigo de um amigo meu. Vivendo tão perto, não os conheço.
Ao parar para refletir, percebo que apesar da globalização, existe uma grande distância entre nós. Andando pela rua, posso cruzar com alguém e esse alguém pode viver a dez metros de minha casa e simplesmente posso nunca tê-lo visto antes. Nada sei a respeito dele. Porém essa distância deve ser respeitada. Todos nós estamos ligados de alguma forma estando próximos ou não.
Letícia Rocha
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