Culto ao Meu Deus Onírico,
Pudera eu te atar ao meu corpo:
tornar-te-ia refém dos meus craprichos.
*
Perpetuaria teus lábios postos sobre os meus,
em um contanto intermitente com tal intensidade
que me faz ficar eriçado; cessaria o atrito
no momento em que falasses, no momento em que
findasses o saciamento do corpo para iniciar
a satisfação da alma.
Perpetuaria teus lábios postos sobre os meus,
em um contanto intermitente com tal intensidade
que me faz ficar eriçado; cessaria o atrito
no momento em que falasses, no momento em que
findasses o saciamento do corpo para iniciar
a satisfação da alma.
*
Colocaria teu peso sobre mim, com as mãos
a deslizar pelo corpo, destras e perceptíveis,
em um compasso de fremir toda a carcaça humana.
Teu busto me pressionaria de forma intensa e constante,
garantiria a segurança física de que tanto necessito,
proteger-me-ia da ardilosa insegurança que me toma
e avilta tão facilmente.
Colocaria teu peso sobre mim, com as mãos
a deslizar pelo corpo, destras e perceptíveis,
em um compasso de fremir toda a carcaça humana.
Teu busto me pressionaria de forma intensa e constante,
garantiria a segurança física de que tanto necessito,
proteger-me-ia da ardilosa insegurança que me toma
e avilta tão facilmente.
*
Eternizaria o brilho que teus olhos emanam,
que contagia os meus a fazer-me estremecer
e sorrir parvamente, libertando meu dócil
espírito infantil, desejoso de se aventurar
por tantas vielas que ocultas em ti.
Eternizaria o brilho que teus olhos emanam,
que contagia os meus a fazer-me estremecer
e sorrir parvamente, libertando meu dócil
espírito infantil, desejoso de se aventurar
por tantas vielas que ocultas em ti.
*
Ah, quisera eu que o infindável dos nossos encontros
transcendesse a memória e atingisse a realidade,
transformando-nos em matéria bruta que sustenta tão
densa existência, unindo-nos em uma só alma inapartável.
transcendesse a memória e atingisse a realidade,
transformando-nos em matéria bruta que sustenta tão
densa existência, unindo-nos em uma só alma inapartável.