Matéria de Salvação,
Digo-te com brutalidade porque tenho necessidade de dizer.
As palavras emergem com uma facilidade assustadora,
eu sei,
mas, se não as deixasse emergirem,
acabaria por trair minha espontaniedade.
E, por trair minha espontaniedade,
eu trairia aquilo que tu me fazes sentir
- és meu meio de expressar amor.
Também sou teu meio, teu incerto meio,
sirvo para algo que ainda não sei bem.
Sou um nome qualquer, sem causa ou efeito,
até despontar de teus tenros lábios,
como seis letras vazias que introduzem o pecado.
Tu me fazes e desfazes com sutis timbres,
tuas palavras uníssonas despertam minha existência.
Sou transformado a cada momento em que
confirmas minha vida exercitando minha alma.
Sou o pecado em teus lábios,
O Deus acima de nós me pune por tal leviandade,
a leviandade de ceder minha essência a um mortal.
Traí Deus, traí o espírito superior,
ambos invejam aquilo que possuo,
invejam minha matéria de salvação.
Eles me amaldiçoam por não mais possuírem a minha alma.
Pois alcançei a plenitude não com Suas orações,
mas com o inevitável ardor que me fazes sentir
tão bem.
Vem, dá-me tua mão
- minha alma já tens acorrentada.
Vem, estamos esquecidos por Deus,
podemos andar sem um olhar inquisidor sobre nossas costas.
Podemos andar sem o peso do juízo,
podemos andar sem o martírio divino,
podemos andar juntos livremente,
passo sobre passo,
em direção ao Inferno.
Rafael Souza Barbosa.
Digo-te com brutalidade porque tenho necessidade de dizer.
As palavras emergem com uma facilidade assustadora,
eu sei,
mas, se não as deixasse emergirem,
acabaria por trair minha espontaniedade.
E, por trair minha espontaniedade,
eu trairia aquilo que tu me fazes sentir
- és meu meio de expressar amor.
Também sou teu meio, teu incerto meio,
sirvo para algo que ainda não sei bem.
Sou um nome qualquer, sem causa ou efeito,
até despontar de teus tenros lábios,
como seis letras vazias que introduzem o pecado.
Tu me fazes e desfazes com sutis timbres,
tuas palavras uníssonas despertam minha existência.
Sou transformado a cada momento em que
confirmas minha vida exercitando minha alma.
Sou o pecado em teus lábios,
O Deus acima de nós me pune por tal leviandade,
a leviandade de ceder minha essência a um mortal.
Traí Deus, traí o espírito superior,
ambos invejam aquilo que possuo,
invejam minha matéria de salvação.
Eles me amaldiçoam por não mais possuírem a minha alma.
Pois alcançei a plenitude não com Suas orações,
mas com o inevitável ardor que me fazes sentir
tão bem.
Vem, dá-me tua mão
- minha alma já tens acorrentada.
Vem, estamos esquecidos por Deus,
podemos andar sem um olhar inquisidor sobre nossas costas.
Podemos andar sem o peso do juízo,
podemos andar sem o martírio divino,
podemos andar juntos livremente,
passo sobre passo,
em direção ao Inferno.
Rafael Souza Barbosa.
2 comentários:
Muito boa! :D:D:D
Parabéns!:D
profundo.......mas esquecidos por....será? ? as memórias desvanecem-se pc a pc...já n s nd
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