um pouco de versos. beijos.
Hades,
À margem do Estige, vagante,
com nenhum lugar à barca de Caronte,
procuro o fim da minha sina dilacerante,
procuro o fim do que me é extenuante.
Sob meu peito latejante
trago a marca abrasante
que me põe asfixiante
– meu suspiro ululante
não oculta tal dissonante
sinal de uma vida nauseante.
Arquejante,
não mais me omito a vida aviltante,
que me foi tão frondejante,
que sustentei com rompante,
e digo minha escondida verdade sussurrante.
Arfante,
sob essa luz bruxuleante,
caço entre a treva penetrante
as águas que põem fim ao agonizante,
as águas do Letes chamejante.
Sacrificante,
mergulho no esquecimento, meu único meio edificante.
Rafael Souza Barbosa.
domingo, 13 de janeiro de 2008
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Um comentário:
Ahhh!! :D
Gostei deste teu jogo de palavras em versos!
parabéns :D
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